Número total de visualizações de páginas

terça-feira, 24 de julho de 2012


TOUR DE FRANÇA (Dia 21/21)
Cavendish festeja pela quarta vez a vitória nos campos elísios…
Dia final da grande maratona do ciclismo mundial, ponto final no Tour de 2012 foi o que hoje se colocou em Paris. A cidade luz recebeu como vem sendo hábito de à uns anos a esta parte, o grande final do Tour, numa etapa de consagração, e que geralmente é discutida ao sprint, começando a corrida a “sério” já dentro dos campos elísios.
E pela quarta vez consecutiva, o britânico Mark Cavendish da equipa Sky, vence a etapa final do Tour, o que constitui recorde absoluto! Cavendish foi ainda o primeiro homem a vencer nos campos elísios com a camisola do arco iris, e igualou assim as três vitórias em etapa neste Tour, quer de André Greipel da Lotto-Belisol, quer de Peter Sagan da Liquigas Cannondale. Sagan que terminou hoje em segundo lugar, sendo que o terceiro foi ocupado por Matthew Goss da Orica-GreenEdge.
Quanto à armada lusa, Rui Costa voltou a dar nas vistas, o ciclista da Movistar esteve na fuga do dia que chegou a ter doze elementos e 30 segundos de avanço sobre o pelotão, e foi um dos mais resistentes, pois na companhia de Jens Voigt da RadioShack-Nissan e Sebastien Minard da AG2R, andou até dentro dos 3Km finais na frente, mas a imparável máquina da sky em conjunto com as restantes equipas interessadas em perseguir, não deu hipótese para uma surpresa. Quanto a Sérgio Paulinho da Saxo Bank-Tinkoff teve um dia tranquilo o qual finalizou no septuagésimo quarto lugar. Na geral Costa termina no décimo oitavo lugar e Paulinho no quinquagésimo lugar.
Wiggins tornou-se no primeiro britânico a vencer o Tour, entrando assim para a história da Grand Boucle. No segundo lugar um surpreendente Christopher Froome, também ele da equipa Sky, e que em diversos momentos foi apontado como mais forte até que Wiggins, veremos se para o ano o pode confirmar. A fechar o pódio o “tubarão de Messina”, Vincenzo Nibali da Liquigas-Cannondale, ele que nunca mostrou muito mais do que poder acompanhar os dois melhores, na quarta posição mais um bom lugar de Jurgen Van Den Broeck da Lotto-Belisol, ele que no ano passado não terminou o Tour devido a queda. A fechar o Top 5 temos o melhor homem da BMC, equipa que era campeã em título, com Tejay Van Garderen a vencer a classificação da juventude, e não obstante em diversas etapas ter ficado para trás a ajudar o seu líder, conseguiu ainda assim um excelente resultado! Cadel Evans da BMC, o vencedor de 2011 é que teve um Tour para esquecer, o ciclista australiano bem tentou mas pareceu ficar desanimado a partir das primeiras etapas alpinas, sendo que a mais forte imagem a demonstrar esta falta de força de Evans, tenha sido mesmo a ultrapassagem por parte de Van Garderen, seu companheiro de equipa e encarregue de trabalhar para si.
Nas restantes classificações, a camisola verde, símbolo da vitória na classificação por pontos ficou com o prodigioso Peter Sagan da Liquigas-Cannondale, que no seu primeiro Tour e apenas com 22 anos, leva uma classificação e 3 vitórias no “bolso”.
Na classificação dos trepadores, a mítica camisola das bolinhas foi conquistada pelo intrépido Thomas Voeckler da Europcar, que com exibição de luxos nos pireneus arrebatou a esta classificação.
O prémio para corredor mais combativo foi entregue a Chris Sorensen da Saxo Bank-Tinkoff, e se mitos o mereciam, Sorensen bem o justificou, nem que seja pelas imagens do ciclista dinamarquês a pedalar com o seu guiador completamente ensanguentado, situação que faria corar de vergonha muito bom atleta de outras modalidades.
Na classificação por equipas estará um dos dados mais curiosos, se a Sky foi sublime em toda a linha, com primeiro e segundo, com cinco etapas conquistadas, a vencedora por equipas acabou por ser a RadioShack-Nissan! Talvez uma das equipas mais desunidas dos últimos anos, com vários membros a ter de abandonar a prova, inclusive por controlos positivos, com acusações de salários em atraso, e com situações em que na estrada isso se viu perfeitamente, como por exemplo depois de furo, Andreas Kloden que estava à frente de Haimar Zubeldia na altura o melhor classificado na geral da equipa, e assim terminou, fica para trás deste, e depois de mudar a sua roda, podemos ver Kloden a passar por Zubeldia como se de um desconhecido se tratasse, nem sequer se chegando perto deste o que lhe possibilitaria ir na roda e segurar melhor o seu lugar na geral, no entanto a equipa luxemburguesa venceu esta classificação e é isso que ficará na história.

Sem comentários:

Enviar um comentário